sábado, 21 de abril de 2012

Antoine Laurent Lavoisier

Antoine Laurent Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 — Paris, oito de maio de 1794) foi um químico francês, considerado o criador da química moderna.
Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso, identificou e batizou o oxigênio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular:
                  “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
Lavoisier é considerado o pai da química. Foi ele quem descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto, que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.
Em 16 de dezembro de 1771 Lavoisier casou com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. A sua mulher tornou-se num dos seus mais importantes colaboradores, não só devido ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algumas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier.
Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) ficaria com o poder da França.
Foi morto pela mesma, pois era muito mal visto pela população, que pensava que, por ser de uma família nobre, Lavoisier, também, participaria do corrupto sistema cheio de impostos sobre a sociedade.
Foi guilhotinado após um julgamento sumário em oito de Maio de 1794. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse:
“Não bastará um século para produzir uma cabeça igual á que se fez cair num segundo.”
        Participação na Academia de Ciências
Lavoisier foi pela primeira vez proposto como membro da Académie des Sciences em 1766, mas só foi eleito em 1768. Como membro de pleno direito, Lavoisier participou em comissões de investigação de novas teorias e/ou fenômenos, de forma a avaliar a sua legitimidade científica.

                 Estudo do oxigênio

Lavoisier não descobriu exatamente o oxigênio. Este gás foi descoberto independentemente por dois químicos: Carl Wilhelm Scheele em 1772 e Joseph Priestley em 1774. Em outubro de 1774, Priestley visitou Paris e conversou com Lavoisier sobre as suas experiências. Este fato permitiu a Lavoisier refazer as experiências de Priestley e reformulá-las. Dessa forma, Lavoisier ficou a compreender melhor as características do novo gás. E ainda confirmou que a combustão e a calcinação correspondem à combinação do oxigênio com outros materiais (materiais orgânicos na combustão e metais na calcinação).
Lavoisier deu ao novo gás o nome de oxigênio ("produtor de ácidos" em grego), porque considerava (erroneamente) que todas as substâncias originadas de uma calcinação originavam ácidos, em que o oxigênio se encontrava obrigatoriamente presente. Por 1789, ele formulou o princípio da conservação da matéria (Lei de Lavoisier).

            Participação na Ferme Général

Em 1768 Lavoisier adquiriu uma participação na Ferme Général, o sistema de utilizado na altura em França para a taxação de impostos. A Ferme Général não era um sistema muito popular na época, principalmente entre aqueles que tinham de pagar os impostos (o povo). Embora Lavoisier tendo se retirado desse sistema, a sua ligação à Ferme Général foi utilizada como desculpa para condená-lo à morte.
Em 17 de Setembro de 1793 foi instituída a Lei dos Suspeitos, que permitiu a criação de tribunais revolucionários para julgar possíveis traidores e punir os culpados com a pena de morte. Três dias depois, Lavoisier recebeu um mandado que permitiu o confisco e a selagem dos seus documentos. Mais tarde, os documentos foram de novo entregues a Lavoisier, dando-lhe um falso sentimento de segurança.


                                         Suzane Luiza Schuster Neuhaus, 8º série

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