A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um
microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como
bacilo de Koch. Pode afetar diferentes órgãos, mas o comprometimento pulmonar é
o mais freqüente.
A transmissão da tuberculose é quase que exclusivamente por
vias aéreas. Através da tosse de uma pessoa com tuberculose pulmonar são
eliminadas gotículas contendo o microorganismo e podem infectar uma pessoa em
contato íntimo e prolongado. A ocorrência ou não da infecção dependerá também do
estado imunológico da pessoa. A infecção poderá permanecer latente sem produzir
sintomas ou desenvolver a doença. Cerca de 10% das infecções latentes se tornam
ativas em algum momento da vida.
A maioria dos casos de tuberculose é causada pela reativação
da infecção adquirida anos atrás, mais freqüentemente na infância, e é mais
comum em adultos e jovens. O estímulo para a reativação pode ser a supressão do
sistema de defesa do organismo, como ocorre na AIDS, ou outros fatores como a
desnutrição e deficiência de vitamina D. Outras condições associadas com a
reativação da tuberculose são doença renal grave, diabetes mellitus, silicose,
cirurgia de estômago e transplantes.
As pessoas com tuberculose pulmonar apresentam tosse com
quantidades variáveis de escarro, que podem ou não conter sangue, por três
semanas ou mais. Podem apresentar também dor no peito e falta de ar, febre,
sudorese noturna, perda de apetite e perda de peso. A doença primária não
tratada irá progressivamente envolver todo o pulmão e também se disseminar. Os
sintomas presentes nesse estágio podem ser graves, com tosse e escarro
contínuos, falta de ar acentuada, febre alta, sudorese intensa, fraqueza e
grande perda de peso.
Todas as pessoas que apresentam tosse com escarro por mais de
três semanas, acompanhada ou não dos outros sintomas da doença devem ser
investigadas para a infecção da tuberculose. Alterações nos raios-X de tórax
também podem ser vistas na tuberculose pulmonar. O diagnóstico definitivo de
tuberculose, entretanto, requer a identificação do microorganismo nas secreções
ou tecidos do paciente, como o exame do escarro. O tratamento é frequentemente
iniciado antes do diagnóstico definitivo, entretanto a identificação do
microorganismo é importante inclusive para testar a sensibilidade às drogas.
Existe também um teste para rastrear a exposição à
tuberculose, é o chamado teste de Mantoux, mais conhecido como PPD. É realizado
através de uma injeção intradérmica e medido através do tamanho da área da
reação 48 horas após a aplicação. O diâmetro menor que 5mm é considerado como
negativo e significa que não houve contágio com o bacilo ou que a vacina está
protegendo a criança. O diâmetro entre 5 e 9 significa que não houve contágio
com o bacilo de Koch, mas a vacina BCG está protegendo a criança, e acima de 10
significa que houve o contágio, e que pode ser um contágio recente.
Cristiane Sossmeier 8°
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